Para a atriz Aline Zilli, “interpretar a Dona Coisinha é expor um pouco do que se passa por baixo dos panos nas relações humanas e suas monstruosidades”. Este espetáculo solo utiliza-se da figura do bufão, um ser grotesco e excluído que faz críticas e denúncias sociais utilizando a comédia e o sarcasmo para manter-se vivo.

Os bufos geralmente tem alguma deformidade física, neste caso uma corcunda, e o que melhor fazem é rir e expor os sujeitos normais que possuem deformações sociais. Sinopse: Dona Coisinha é uma coisinha torta e estranha que vive em um andaime cheio de quinquilharias e panos.

Ela vive na corda bamba de alguém à margem do mundo, mas que não consegue fica quieta e a todos cativa com sua acidez e sarcasmo. Enquanto fala pelos cotovelos, realiza números de circo bastante duvidosos, tem interpretações exageradas e faz coreografias baratas para atrair a atenção do público que se aglomera para ver o espetáculo. Ou seria sua vida? Dona Coisinha provoca o público e faz todos rirem de suas próprias desgraças e com muito deboche revela o lado monstro de cada um.